Pilotos e comissários de voos das empresas aéreas Azul, Gol, Latam e MAP, que operam em Manaus, devem aderir à greve anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para ocorrer a partir de segunda-feira (29). O comunicado alertou o Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon) para a necessidade de reforço nas operações durante o período de paralisação.
O SNA informou que a categoria que opera em Manaus está inclusa na convocação para o movimento, que reivindica reajuste salarial que contemple a reposição das perdas inflacionárias nos últimos dois anos — Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro de 2021. O SNA não tem representação em Manaus.
A greve ocorrerá por tempo indeterminado, partir de 0h de segunda-feira (29). Os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço.
Segundo o sindicato nacional, as empresas aéreas se recusam a fechar acordo quanto ao reajuste salarial pleiteado pela categoria. A entidade considera que o posicionamento adotado pelas empresas aéreas mediante a mídia não condiz com a negação quanto ao reajuste salarial.
“As próprias empresas apontam em seus informes ao mercado, assim como também demonstram notícias publicadas na imprensa, que o setor aéreo não só vem se recuperando aceleradamente como projeta para o futuro próximo um crescimento que não condiz com a intransigência de impor um achatamento salarial de toda uma categoria”, cita o comunicado.
Aeroviários se preparam para a ‘sobrecarga’
O presidente do Sindicato dos Aeroviários do Amazonas (Sindamazon), Williney Conegundes, está em São Paulo (SP) participando de reuniões com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) sobre as negociações salarias dos trabalhadores, que operam nos serviços terrestres em apoio ao transporte aéreo.
Segundo Conegundes, o comunicado da deflagração da greve deixa a categoria aeroviária alerta para a necessidade de reforço nas operações no aeroporto.
Ele afirma que a categoria apoia o movimento e ressaltou que a tendência é que ocorra sobrecarga nas atividades e que os trabalhadores se desdobrem para conseguirem atender aos passageiros que tiverem mudanças em voos durante a greve.
“A informação que temos é que os pilotos e comissários de Manaus também vão aderir à greve, o que afetará diretamente a atuação de quem opera em terra também. Os serviços dobram porque é preciso fazer transferência e remanejamento de voos, translados, assim como dar assistência ao cliente em toda a parte estrutural”, comentou.
Quanto às negociações salariais, o presidente afirmou que o sindicato fechou acordo com a Latam para reajuste de 100% do INPC (em setembro/2021 10,78%) mais 5%. O sindicato ainda está em negociações com as demais empresas aéreas. A categoria pede reajuste de 100% do INPC. A data base dos aeroviários é 30 de novembro.
Texto: Priscila Caldas
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